O Grupo Forfé de teatro surgiu em 1999, na cidade de Piracicaba, no bairro Jaraguá, por iniciativa de um coletivo de jovens vinculados a uma instituição religiosa. Em pouco tempo desvinculou-se da mesma adquirindo caráter de oficina permanente de teatro. Por volta do ano de 2004, a oficina solidificou um núcleo de interessados em estudar textos clássicos, destaque para a montagem de “Antígona” de Sófocles, desenvolvida pelos mesmos. Adquirindo a partir de então caráter de grupo de estudos, interessados posteriormente pela obra de Nelson Rodrigues, fazendo algumas experimentações a partir de textos do dramaturgo, até a montagem de “Senhora dos Afogados” em 2005, primeira experiência do grupo em montagem fora do palco italiano, realizando ocupação e teatralização de um galpão no interior do Parque do Engenho Central; trabalho que levou o grupo para alguns festivais e rendeu três temporadas. Em 2006 o grupo conheceu o inicio do êxodo da terra; devido a carência no que diz respeito a formação teatral no interior, seus membros iniciaram um processo de migração com destino a “Escola Livre de Teatro”, cujo projeto de formação mais se aproxima aos anseios artísticos dos criadores que constituem o Forfé. Todavia alguns membros resistiram ao processo migratório; o que possibilitou a formação de dois núcleos de criação, um em Piracicaba e outro em Santo André (região do ABC da capital Paulista). Desse período surgiram dois novos trabalhos “Nem tudo está azul no país azul” experiência cênico-musical a partir do texto de Gabriela Rabelo e “Sobre Meninos, Mendigos e Poetas” primeira montagem de uma peça de Denilson Oliveira, dramaturgo do grupo, que até então realizava o trabalho de dramaturgismo. Ambos os trabalhos desenvolvidos a partir de experiências de criação colaborativa.
Conhecendo a carência no que diz respeito a formação teatral em sua terra de origem, no ano de 2010 o grupo decide iniciar um trabalho de formação teatral continuada na cidade de Piracicaba, iniciando as “Oficinas Comunitárias de Teatro do Grupo Forfé”, com o objetivo de compartilhar os conhecimentos que dizem respeito ao fazer teatral adquiridos nos onze anos de trajetória do coletivo. O que resultou no núcleo “Forfézinho”, coletivo de jovens criadores iniciantes na arte teatral orientados pelos criadores do Forfé.
MONTAGENS
1999 – “Não tenho tempo” – de Neimar de Barros
2000 – “Auto da Lusitânia” – de Gil Vicente
2000 – “Lembranças de uma vida” – de Francisco Batista
2001 – “Filhos do aborto” – de Austregésilo Carrano Bueno
2001 – “O Desconsolo da Viúva” – de Aefe de Noronha
2001 – “Luzes da esperança” – de Aefe de Noronha
2002 – “Viva Nelson Rodrigues, o anjo pornográfico” – experimento a partir de textos do dramaturgo
2002 – “Coleta seletiva” – de Felipe de Menezes
2003 – “Sintonize em: Ciladas da Paixão”, criação coletiva
2003 – “Oúltimo adeus” – de J Vieira Pontes
2003 – “A vassoura quebrada”, criação coletiva
2004 – “Valsa Nº. 06” – de Nelson Rodrigues
2004 – “Antígona” – de Sófocles
2005 – “Fragmentos 1” – Experimento a partir fragmentos de textos clássicos do repertório da dramaturgia ocidental
2005 – “Senhora dos Afogados” – de Nelson Rodrigues
2007 – “João e Maria”, criação coletiva
2007 – “O gavião e a raposa”, teatro de fantoches
2009 – “Nem tudo está azul no país azul” – de Gabriela Rabelo
2010 – “Sobre Meninos, Mendigos e Poetas” – de Denilson Oliveira